Libriana

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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

domingo, 11 de setembro de 2011

E setembro chegou. É o final de um ciclo...
Eu acabo fazendo desse momento, um momento de reflexão. Que não deixa de ser inútil, mas é completamente inevitável.

Confesso ter uma "queda" pelo número 27 e meu ano 27 foi , sem dúvida e usando de trocadilhos, ímpar.
E eu poderia destacar algumas boas razões pra essa afirmação, mas todas elas se devem a apenas um fato : Me tornei um ser mais fiel a mim.
Eu sempre fui tão controladora comigo e "esse" ano eu simplesmente deixei rolar...Não comecei "esse" ano com nenhum plano específico. Na verdade o meu  plano era não ter plano algum.
A princípio, isso me pareceu meio inconsequente, mas consequências para tal inconsequência foram, eu diria, peculiares e fascinantes. Até porque, mesmo quando eu não queria, o imprevisível sempre batia a minha porta mesmo. Digamos que passei a consentir a brincadeira do acaso. Como se fosse possível esse controle ilusório.
E quem diria que sair dessa zona de conforto fosse ser tão prazeroso. Tão sutilmente e ousadamente capaz de mostrar mais um pouquinho de mim.E isso me remete a um post no começo do ano em que disse:

    Imagine-se Pâm, por um momento, se ouvindo mais.Obedecendo mais as suas vontades.Imagine-se menos racional e menos na defensiva. 

E eu fui...


Redescobri o doce sabor de ver um sonho ao alcance das mãos novamente, um novo sonho e que parecia tão distante, com participação de gente que, provavelmente, nunca mais verei, mas que lembrarei com carinho e como essenciais nesse processo.

Redescobri o doce sabor de me apaixonar com tudo o que essa palavra representa...Desequilíbrio, entrega, babaquices, intensidade, desejo, inúmeros sorrisos... e tantos outros arrebatamentos. O vazio que já tinha se tornado um incômodo, se foi.

E também redescobri o sabor amargo da perda. De uma forma diferente da anterior e bastante dolorosa. Mas tenho que admitir, pedindo desculpas ao meu pobre coração, que se não foi a parte mais importante, foi fundamental nesta última relação. Fundamental por inúmeras razões que ficarão bem guardadas, mas principalmente pelo fato de que fui e ultrapassei o meu limite. Ou será que meu limite vai mais além do que isso? Quem sabe!

Meu ano se resumiu em surpresa.
Surpresa com a vida.
Surpresa comigo.

E no geral, pondo numa balança:


Não conquistei nenhuma nova amizade.
Conheci algumas pessoas legais, mas que não ficarão na minha vida. Na verdade, uma eu gostaria que ficasse. Quem sabe!
Estou mais aberta, mas ainda com um muro bem firme a me cercar.
Percebi que confio mais nas pessoas do que imaginava.
Perdi, quase que completamente, qualquer referência de fé, mas não me tornei ateísta. Simplesmente não tenho mais referência. E, confesso, isso me faz falta.
Me sinto mais forte e mais frágil. Contradições à parte.
Percebi que o mais importante na vida é lutar pela causa e aceitar as consequências. Sejam elas feitas de lágrimas ou sorrisos.
Continuo contando nos dedos as pessoas que acho interessantes. Ou por serem inteligentes, ou por serem autênticas, ou por transmitirem paz, ou por serem complicadas, de mente aberta...O fato é que continuo achando a maior parte da população, mega entendiante.
Ando revoltada com a humanidade, com as pessoas e com, a cada vez maior, superficialidade generalizada. E abismada com esse egoísmo desenfreado.
Apesar de ter me doado mais  ainda sou muito na defensiva. Preciso continuar a desconstruir essa mania de estar no controle...Isso acaba gerando expectativa em mim e nos outros.


Enfim, fui me perdendo e ao mesmo tempo me encontrando nesse caminho... E como bem foi dito no filme "Como esquecer"
"Qualquer mudança afirma o final de um período.A perda de um eu."

E a construção de um novo , né?!

Afinal...

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante"


E agora, pra o ano 28, ainda deixando a vida me levar, mas dessa vez com planos a seguir, o maior objetivo a ser alcançado será:

Buscar o equilíbrio entre corpo e mente.

Sempre dei muito pouca atenção a minha "saúde"e isso agora está me incomodando além do normal. 
E além de tudo quero estar bem comigo mesma. Coisa que não estou. 


E que a Fermata se torne cada vez mais real.
E que os meus amigos estejam sempre aqui pra mim e eu pra eles.
E que o caminho se abra quem sabe para um novo amor. Que essa dor passe.
E que a sorte esteja comigo.
E que a vida continue sendo generosa.
E que minha família continue unida.
E que eu continue...
E que eu aprenda...




















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