Libriana

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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

sábado, 18 de agosto de 2012

O amor até pode nos bastar, mas ele não se basta.


Quando bate o meu coração? 
Por onde eu ando?

Viajar é olhar para dentro e desmascarar-se.





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

"Se uma mulher conseguir manter o dom de ser velha quando jovem e jovem quando velha, ela sempre saberá o que vem depois"

Não estou sozinha na contramão: muitas de nós têm a mesma história pra contar. 
Mulheres que, quando meninas, rezaram pela cartilha da reverência, da ordem e progresso, do abafamento do instinto, e que só através desse aprendizado é que formaram a base e a estrutura necessárias para contestar o estabelecido e reinventar-se. 
Ao observar os desenhos de Picasso quando jovem, ficamos surpresos com seu academicismo, com seu domínio de anatomia, com a obediência dos traços. Leva tempo até a gente poder trocar olhos e bocas de lugar, fundando um estilo e uma regra próprios. Ainda sobrevivem, no entanto, aqueles que acham que o tempo de rugir é a juventude, ficando para a meia-idade e a velhice o tempo de perder os dentes. Contesto, meritíssimo. 
A juventude é um receptor de emoções originais, mas também de preconceitos herdados. A juventude é barulhenta, quando deveria ser astuta. É estabanada, quando deveria ser observadora.

É arrogante, quando deveria ser humilde, e deveria idolatrar menos os Kurt Cobains da vida que elegeram como lema "viver dez anos a mil" e que hoje estão a sete palmos da terra. 
Há tempo de sobra para ser jovem mais tarde, quando temos mais autonomia e menos medo da verdade.

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Falo tanto do mundo, acho certas atitudes tão absurdas, acho tudo tão superficial...
Não é o mundo que anda torto. Eu que não aprendi a jogar o jogo. Eu que, não aceitando as atitudes da grande maioria, me sinto cada vez menos inserida em todo esse contexto. 
Sou incompetente, mas aceito o adjetivo sem culpa.

Foda-se!

Acho tão difícil sermos nós mesmos que acho gratificante me olhar e me perceber cada vez mais.


Palavras soltas e ínfimas diante do caos do meu pensamento.
Palavras soltas e bobas...
Palavras que podem soar contraditórias no dia de amanhã.









quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Seria mais alegre e romântico um discurso assim:

Ela: Prometo nunca sair da cama sem antes dar bom dia, deixar você ver seu futebol sem reclamar, ter paciência para ouvir você falar dos problemas do escritório, ter arroz e feijão todo dia no cardápio, acompanhar você na caminhada matinal de sábado, deixá-lo em silêncio quando estiver de mau humor, dançar só pra você, fazer massagens quando estiver cansado, rir das suas piadas, apoiá-lo nas suas decisões e tirar o batom antes de ser beijada.

Ele: Prometo deixar você sentar na janelinha do avião, emprestar aquele blusão que você adora, não reclamar quando você ficar 40 minutos no telefone com uma amiga, provar suas receitas tailandesas, abrir um champanhe todo final de tarde de domingo, assistir junto ao capítulo final da novela, ouvir seus argumentos, respeitar sua sensibilidade, não ter vergonha de chorar na sua frente, dividir vitórias e derrotas e passar todos os natais ao seu lado."

Martha Medeiros - Trem bala.