Libriana

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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

domingo, 30 de outubro de 2011

Só o que pode acontecer é "Os pingo da chuva a me molhar"

"Feito cabra- cega confio no rumo que a vida tomar"

"O meu olhar alcança o longe. Contempla o território que separa a concretização do meu desejo. O destino final que o olhar já reconhece como recompensa, aos pés se oferece como lonjura a ser vencida. Mas não há pressa que seja capaz de diminuir esta distância. Estamos sob a prevalência de uma imposição existencial, regra que ensina, que entre o ser real e o ser desejado, há o senhorio inevitável do tempo das esperas.
Porque ninguém deveria querer viver de ilusão. A verdade liberta. E embora tudo que seja livre tenha seu preço, nem sempre fácil de lidar, não adianta fugir. Bem, pelo menos não gosto da covardia de fugir de mim. E é isso o que importa.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um agradecimento abstrato...

É, depois de chegar aos 28 aninhos, eis que completo mais um mês de vida.hihi.

Devo agradecer ao presente de ter voltado a me sentir EU, inteiramente, após meses só enxergando o nada.

Cair e levantar, estar instável é algo normal, ainda e por enquanto, mas a sensação que tive no começo dessa semana é algo indescritível. Inenarrável. Extremamente prazeroso e nossa, o alívio é tanto que arrancou inúmeros sorrisos de minha face por tudo e por nada.Já ( se é que posso dizer assim) consigo enxergar possibilidades pra aliviar quase tudo que me perturba. Estou, finalmente, conseguindo domar my mind e my heart de alguma forma. Uma hora consigo completamente. Ou irei acordar e simplesmente puft...Fica a dica papai noel.rs.

É engraçado depois de um sábado tão difícil. Não era algo que poderia imaginar.É a sensação do corpo se curando.Identificando o mal e tentando eliminar.

Nem irei mentir dizendo que foi assim todo o tempo, mas foi quase todo ele... E hoje foi foooooodaaaaaaaaaaa!!!!!!

Vide twitter:

"Que saudade que eu tava dessa sensação! Ambiente Zona Sul cheio de colírios, o show das Chicas foi phoda... Mega, ultra, super agitada. \0/"

"Que linda!" - "Que gata!" - "É gata que só se esfrega nos meus pés." - kkkkkkkkkkkkkkk...
 
"Caralhoooooooo...(desculpem) Alma lavada! Gargalhar, cantar, "aprontar",..., e mais muitos "ar". Tô bem pra cacete."
 
Sempre bate àquela apreensão de voltar a cair, mas pra isso como bem disse uma pessoa muito especial.
 
"Você não precisa ter medo de cair, se tiver coragem pra se levantar e não tem que desistir porque não há nada mais importante pra se lutar do que a sua felicidade" – Flávia
 
 



Afinal

"O que você pensou que era o final é só o início do caminho"

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pessoas habitadas.

"Pessoas habitadas são aquelas possuídas, de fato, por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não transformam suas "inadequações" em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros para facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos. Ao contrário, encantam pela verdade pessoal que defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial.
Que tenhamos a sorte de esbarrar com seres habitados e ao mesmo tempo inofensivos, cujo único mal que possam fazer é nos fascinar e nos manter acordados uma madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é melhor ainda."

Eu faço que sei, mas sei quase nada.

"Pois ainda tenho diversas interrogações sobre o amor, sobre o futuro, sobre a morte e sobre a vida. Não sei por que faço coisas que não tenho vontade. Não sei por que me deixo enganar por mim mesma tantas vezes. Não sei por que me sinto culpada quando nego alguns convites e pedidos. Não sei por que se sentir aprovada pelos outros é tão importante. Não sei por que a solidão é tão temida, já que somente a sós podemos ser 100% quem a gente é.

Não sei por que me dá mais satisfação ficar em casa lendo um livro do que ir a uma festa, não sei por que me atrapalho socialmente, por que me prefiro calada, por que todo mundo parece tão mais à vontade do que eu. E também não sei por que estou chorando, quando choro. Alguém sabe por que está chorando?

E se alguém me perguntasse por que a religião, que é uma coisa que deveria trazer paz e promover a fraternidade, transforma as pessoas em fanáticos intolerantes, eu responderia: não sei. Não entendo a razão de tanta gente brigar entre si pelo simples fato de pensar diferente e desejar viver sua própria vida a seu
modo."

"Um jeito próprio de ser alguém, em vez de simplesmente reproduzir os diversos jeitos coletivos de ser mais um"

"Às vezes me sinto uma anciã, lamentando o quanto a vida está ficando miserável. Não se trata apenas dos miseráveis sem comida, sem teto e sem saúde, o que já é um descalabro, mas da nossa miséria opcional. Abreviamos sentimentos, abreviamos conversas, abreviamos convivência, abreviamos o ócio, fazemos tudo ligeiro, atropelando nosso amor-próprio, nosso discernimento, vivendo resumidamente, com flashes do que outrora se chamou arte, com uma ideia indistinta do que outrora se chamou liberdade...Cada dia abandonamos as poucas coisas em nós que são abertas e pronunciáveis."

domingo, 23 de outubro de 2011

O dia seguinte

"Olhou-se no espelho como quem olha a uma estranha... com admiração e um pouco de susto. Gostava da mulher que se tornara. Às vezes era um pouco mais crítica do que sua própria subjetividade aguentava, mas  como uma flor que também se recolhe para ressurgir mais bonita  sabia que sua primavera estava próxima... e prosseguiu decidida." - Elenitah

sábado, 22 de outubro de 2011

Lágrimas

"Às vezes me preservo. Noutras suicído"

Não sei o que aconteceu em mim hoje. Não foi saudade, não foi ciúme, não foi mágoa, não foi insegurança,não foi nada do que já estou habituada a sentir e esquecer diariamente. Foi uma tristeza profunda. Foi o desespero dando as caras. E com esse visitante inesperado eu ainda não sei lidar. É a dor por essência. É a alma gritando.
O que é isso? Por que isso agora?

O que consegui fazer? Dormir. Mesmo tendo tanto a fazer.
Tive vontade de pedir socorro.De ir em auxílio daqueles que só de estarem comigo me fariam bem, mas...

Não aguento mais, então prefiro adiar pro amanhã.

Não aguento mais essa terapia diária pela qual venho passando comigo mesma. Não que não esteja dando certo, mas é um desafio e extremamente cansativo.
Não aguento mais ficar entregue e a mercê desse turbilhão de sentimentos quando tá tudo mais do que esclarecido na minha cabeça.
Como é difícil se ver lá no fundo.
Entender que vai passar. Saber que o tempo vai te fazer superar, mas mesmo assim você simplesmente não consegue achar o caminho do seu eu. E quando esse eu aparece em um momento inesperado, do nada e fica por segundos, o alívio se torna uma das melhores sensações da vida.

Tem quem não entenda e ache tudo um grande exagero...Uma grande besteira.Como eu queria ser exatamente assim.
Esse meu eu que chora, que se desespera e luta contra isso tudo aqui, é extremamente intenso e isso é honra que poucos conseguem suportar. E isso não é algo que eu possa controlar. Essa sou eu.

"E que o convívio comigo mesma se torne ao menos suportável"

O bom é olhar pra trás e ter a exata noção de que estou realmente superando. O bom é saber que essa sensação tão ruim deixou de ser habitual pra ocorrer eventualmente.É visita rara, mas nunca é fácil.E por isso não tenho como não ficar assustada.

Nunca gostei de me expor, mas pra esse tipo de dor não há como suportar calando então, escrevo.

Sinto muitas vezes que preciso de ajuda. Sinto que sozinha não irei conseguir, mas "Você nunca sabe a força que tem até que sua única alternativa é ser forte". Johnny Depp

Passei por muitos sufocos durante minha vida, sofri com eles e aprendi. Hoje eles não me perturbam tanto quando dão as caras. Agora é continuar caminhando pra conseguir continuar passando por esse, sofrer ( porque faz parte) e aprender pra que pare de me perturbar. Pra que eu possa assumir o controle. É questão de amadurecimento emocional. É uma questão de conhecimento de si mesma. É trilhar um novo caminho e isso é doloroso, mas inevitável.

Espero um dia achar tudo isso patético e nunca perder a vontade de viver intensamente.
Mesmo que às vezes a dor supere a alegria. Só porque essencialmente guardamos na memória mais a mágoa do que o bem que nos fizeram. Mas com o tempo não é o que fica pra mim.
É difícil lutar com essa humanidade desumana e cruel que gosta de carregar rancor. Mas eu luto porque isso me faz muito mal.
Mesmo que o sofrimento seja uma parte difícil de lidar e demore a ir embora, que eu não deixe de enxergar a beleza nele. O quanto ele é importante nessa trajetória.
Que eu não tenha medo da vida apesar de tudo e apesar disso.

"Lavei os olhos / em muitas lágrimas / Agora vejo melhor." Astrid Cabral

E depois desse desabafo e de tentar esconder as lágrimas, inutilmente, irei novamente me render ao que me faz suportar um dia como o de  hoje.O sono.










domingo, 9 de outubro de 2011

Um carinho...

"...Olhou por céu e viu. Havia fogos de artificio que espocavam de trás de alguns prédios, fogos de artificio coloridos que vinham não se sabia de onde. Eram ralinhos, humildes e poucos: a comemoração não haveria de ser tão significativa. Mas o motoboy parecia que estava vendo a torre Eiffel iluminada pela primeira vez..."


"O fato é que razão era o que menos importava naquela hora. O motoboy não conseguia desgrudar os olhos do céu, e eu nao conseguia desgrudar os meus dele, porque é uma raridade a gente se deparar com alguém emocionado, ainda mais numa quinta feira, ainda mais no final de um dia cansativo, ainda mais num posto de gasolina, ainda mais por um motivo que a gente não consegue adivinhar."


"Nossas cabeças estão sempre olhando para baixo, para os próprios passos, pro caminho a percorrer."


"Fogos de artificio nos retêm, erguem nossas cabeças, iluminan o que é escuro, capturam a gente de uma realidade burocrática, repetitiva, sem festa. Fogos de artifício são sinalizadores, há alguém feliz bem próximo, e está repartindo essa estado de espírito com você, que não viveu nada de estraordinário hoje, que estava louco pra chegar em casa, tirar a roupa suada, tomar um banho e ver um pouco de televisão."


"Não era a chegada do papai noel, não era a inauguracão de uma loja, não era show dos rolling stones, não era nem mesmo atraente, umas faíscas vermelhas e verdes que eram quase como sinais de trânsito que tivessem sofrido um curto circuito, mas eram fogos de artifício, e o motoboy não conseguiu se mexer, ficou estático e emocionado olhando aquilo como se estivesse vendo a Ana Hickman nua ou o lançamento e um foguete: vidrado, encantado, hipnotizado como a gente deveria às vezes ficar diante do inusitado."

sábado, 1 de outubro de 2011

30 de setembro de 2011...


Existem pessoas que são tão especiais...
Ainda não consigo acreditar que você se foi Rô. Sei que pouco nos víamos, mas todas as vezes você fazia questão de mostrar seu carinho, sua forma justa de ver a vida, sua maneira mais do que natural de não julgar e de respeitar.
Fica a lição de um alguém sempre sorrindo apesar de tanto sofrimento...Viu filhos, mãe e pai irem embora...Passou por problemas de saúde, financeiros e apesar de tudo isso a vida era sempre levada com sorriso no rosto.
Tudo estava sempre bom. Vai saber o que carregava dentro do seu coração, né?!
Você é dessas pessoas que não mereciam ter sofrido tanto, mas nem sempre temos o que merecemos nessa vida.
Obrigada por tudo o que fez pela minha mãe em momentos tão difíceis.
Obrigada por estar sempre disponível, apoiando e de braços abertos quando todos viraram as costas.
Obrigada por tão sincera mostra de amizade e amor.
Obrigada pelo belo exemplo de como ser humano.
Ficará a saudade...
Ficarão as lembranças da Rô brincalhona, que levava todos os sobrinhos pra fazerem nada, que fazia todos rirem...Que tinha um coração peculiar.
Desculpe por hoje chorar...É inevitável.
Desculpe por não ter me despedido devidamente de você.  

Mais do que carinho lhe dedico todo o meu respeito e admiração.
Até tia.