"Pois ainda tenho diversas interrogações sobre o amor, sobre o futuro, sobre a morte e sobre a vida. Não sei por que faço coisas que não tenho vontade. Não sei por que me deixo enganar por mim mesma tantas vezes. Não sei por que me sinto culpada quando nego alguns convites e pedidos. Não sei por que se sentir aprovada pelos outros é tão importante. Não sei por que a solidão é tão temida, já que somente a sós podemos ser 100% quem a gente é.
Não sei por que me dá mais satisfação ficar em casa lendo um livro do que ir a uma festa, não sei por que me atrapalho socialmente, por que me prefiro calada, por que todo mundo parece tão mais à vontade do que eu. E também não sei por que estou chorando, quando choro. Alguém sabe por que está chorando?
E se alguém me perguntasse por que a religião, que é uma coisa que deveria trazer paz e promover a fraternidade, transforma as pessoas em fanáticos intolerantes, eu responderia: não sei. Não entendo a razão de tanta gente brigar entre si pelo simples fato de pensar diferente e desejar viver sua própria vida a seu modo."
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