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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

"Se uma mulher conseguir manter o dom de ser velha quando jovem e jovem quando velha, ela sempre saberá o que vem depois"

Não estou sozinha na contramão: muitas de nós têm a mesma história pra contar. 
Mulheres que, quando meninas, rezaram pela cartilha da reverência, da ordem e progresso, do abafamento do instinto, e que só através desse aprendizado é que formaram a base e a estrutura necessárias para contestar o estabelecido e reinventar-se. 
Ao observar os desenhos de Picasso quando jovem, ficamos surpresos com seu academicismo, com seu domínio de anatomia, com a obediência dos traços. Leva tempo até a gente poder trocar olhos e bocas de lugar, fundando um estilo e uma regra próprios. Ainda sobrevivem, no entanto, aqueles que acham que o tempo de rugir é a juventude, ficando para a meia-idade e a velhice o tempo de perder os dentes. Contesto, meritíssimo. 
A juventude é um receptor de emoções originais, mas também de preconceitos herdados. A juventude é barulhenta, quando deveria ser astuta. É estabanada, quando deveria ser observadora.

É arrogante, quando deveria ser humilde, e deveria idolatrar menos os Kurt Cobains da vida que elegeram como lema "viver dez anos a mil" e que hoje estão a sete palmos da terra. 
Há tempo de sobra para ser jovem mais tarde, quando temos mais autonomia e menos medo da verdade.

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Falo tanto do mundo, acho certas atitudes tão absurdas, acho tudo tão superficial...
Não é o mundo que anda torto. Eu que não aprendi a jogar o jogo. Eu que, não aceitando as atitudes da grande maioria, me sinto cada vez menos inserida em todo esse contexto. 
Sou incompetente, mas aceito o adjetivo sem culpa.

Foda-se!

Acho tão difícil sermos nós mesmos que acho gratificante me olhar e me perceber cada vez mais.


Palavras soltas e ínfimas diante do caos do meu pensamento.
Palavras soltas e bobas...
Palavras que podem soar contraditórias no dia de amanhã.









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