Libriana

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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um belo dia, eu e Aninha (amiga) estávamos andando nas ruas da Zona Sul do Rio, se não me engano de Botafogo, e presenciamos uma cena: Uma criança de mãos dadas com a mãe se deparou com uma outra criança vindo na direção contrária.Eis que a criança parou, olhou pra outra e sorriu e a outra criança retribuiu prontamente. Acho que as mães não tiveram coragem de continuar andando e ignorar tal fato.
Me lembro que comentei : Putz, gosto da simplicidade e da autenticidade de uma criança. Elas simplesmente se entregam. Viu a outra criança e quis se aproximar. São entregues, literalmente, as suas vontades. São simples. É uma pena que vamos regredindo com o tempo.
Daí, lendo o livro Doidas e Santas de Martha Medeiros me deparei com esse texto.É incrível, essa mulher fala por mim, realmente.






"Criancices. Fragmentos de uma época da vida em que a opinião dos outros não nos interessava em nada, em que tudo era permitido, tudo tinha graça, tudo era novo.Não precisaríamos perder nada disso com o passar do tempo, mas perdemos. Ficamos blindados. Tudo o que não for "adulto" passa a categoria do ridículo. E um belo dia nos dando conta que não possuímos mais a leveza necessária para apreciar o que é simplesmente belo, simplesmente inusitado, simplesmente espontâneo, simplesmente sem sentido. o "simplesmente" deixa de ser algo aceitável.É preciso vir uma teoria junto, uma bula, uma explicação. A modernidade que há no que para alguns parece tão antigo : o simplesmente sentir."

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