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Um pouco paradoxal, nem sempre tão clara, mas tentando ser simples no complexo que me forma.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nietzsche

Ao nos mostrar nossas contradições Nietzsche reclama uma postura criativa diante da vida, algo que nos é caro, mas que, muitas vezes, insistimos em negar.

Estamos diante de uma filosofia do martelo, que destrói certezas e que se recusa a oferecê-las senão aos pedaços.

A concepção da verdade não pode ser vinculada a representação do real, mas a sua criação.  A verdade será sempre uma afirmação com tempo de validade.

Quanto mais afetos permitirmos falar sobre uma coisa, quanto mais olhos, diferentes olhos, soubermos utilizar para essa coisa, tanto mais completo será nosso "conceito" dela, nossa objetividade.

Nietzsche quer leitores que possam traí-lo pois considera a comunicação o império do consenso, o acordo imediato e óbvio. O enigma obriga o pensamento a levantar voo.

Ao desejar uma desordem do pensamento e desacordo de ideias propõe ao mesmo tempo uma liberdade e uma proximidade com o mundo. Ele defende que não existe um único caminho a ser percorrido, mas muitos.

Ele defende que não podemos controlar a compreensão do mundo de forma absoluta.

Ao tratar do Cristianismo ele não quer saber se Deus existe ou não, mas que tipo de homem o cristianismo produziu.

A certeza de verdade surge como um valor a se desintegrado.Trata-se de desviar nossa atenção sobre o que é certo ou errado, verdade ou mentira e sim ponderar que tipo de vida construímos em cima desses valores. Para ele é o ato de contestação que potencializa a vida.

É preciso reconhecer a imprecisão do mundo, pois implica em um espírito livre, capaz de conviver com a inexistência da verdade e por isso mesmo é capaz de abandonar suas convicções e fazer novas interpretações.



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